A Guitarra Portuguesa é um instrumento de corda associado frequentemente ao Fado, género musical incluído desde 2011 na Lista Representativa do Património Cultural Imaterial da Humanidade (UNESCO). Encontrando-se também pontualmente presente em outros domínios musicais como, por exemplo, as tunas académicas ou as orquestras típicas, foi sobretudo a partir da segunda metade do século XX que vários músicos e compositores como por exemplo Artur Paredes (1899 – 1980), Carlos Paredes (1925 – 2004) ou Pedro Caldeira Cabral (1950 – ) começaram a explorar as enormes potencialidades musicais da Guitarra Portuguesa, criando um diálogo entre domínios musicais tão diversificados como, por exemplo, o Fado, a música dita “erudita”, a Canção de Coimbra ou o Jazz. Ao que parece, a moderna Guitarra Portuguesa, com as variantes de Coimbra e de Lisboa, relaciona-se diretamente com a Guitarra Inglesa introduzida no Porto durante o século XVIII pela comunidade britânica que se dedicava à produção e ao comércio de vinhos do Porto tendo sido, posteriormente, copiada e adaptada por inúmeros violeiros portugueses, acabando por se disseminar e popularizar em praticamente todo o país.